101 gatos
21:57
Ontem me pregaram realmente uma surpresa.
Quem me conhece sabe o quanto amo gatos, vivi 16 anos com
uma gata linda chamada Katusha que era meu amor, antes dela com 6 anos tive o
endemôniado e encapetado (literalmente, um dia conto a história dele rs) Elfi e
um pouco antes da Katusha morrer ganhei o Akira que infelizmente também veio a
falecer um ano e meio depois dela. Além de gatos já tive cães, passáro,
tartarga, hamsters, peixes e sempre amei animais, tanto que não sei mais como é
viver sem um animalzinho para dar carinho e já antes de me mudar já pedia por
um gatinho, depois que me mudei essa ansiedade ficou maior ainda e eu pedia
sempre que pensava na ideia, de forma insistente mesmo que sem querer já que
isso era um desejo forte e só percebia depois que falava.
Agora resumindo o que aconteceu, meu namorado logo pela
manhã colocou um compromisso para nós dois, ir na casa de uma amiga da nossa
amiga para pegar um armário para ela. Isso era tudo que teríamos que fazer no
dia, mas até ir buscar esse armário demorou, me enrolaram, fomos a uma festa
junina para passar o tempo e depois de me enrolarem finalmente fomos buscar o
tal armário, maaas chegando na casa da mulher, não tinha armário, o que
encontrei foram muitos gatos, muitos mesmo, em torno de 100 gatinhos. Me
enrolaram para me levaram no final na Casa Di Gatos. As voluntárias me
receberam muito bem, mesmo já sendo um pouco tarde, me disseram para escolher
um gatinho e como meu sonho sempre foi ter um gatinho preto, me mostraram
vários pretinhos, adultos, filhotes, machos, fêmeas...
Entrando no quartinho deles recebi unhadas que pediam para
abaixar e dar-lhes carinho, alguns escalavam procurando atenção, alguns
ignoraram, outros mais tímidos se escondiam, alguns estavam dodói e estavam
quietinhos, mas todos eram amáveis. Me contaram uma história muito triste, a
moça revelou que esses gatinhos sofreram muito na mão de uma mulher que ganhava
doações para eles, mas não cuidava, deixando eles em um quarto 2x2 e ainda
emprestavam esses anjinhos para experiências, muitos deles estavam sem
dentinhos, ou perderam a visão ou só com um olhinho, mas que agora elas tiraram
eles dessa mulher, que irá responder por um processo e que estão fazendo de
tudo para que sejam tratados, castrados e assim possam ganhar um lar.
O problema é que com tudo isso que sofreram a maioria dos
gatinhos são desprovidos daquela “beleza padrão” e com isso poucas pessoas
estão dispostas a adotarem eles.
A minha vontade era de abrir a bolsa e levar para a casa
quantos coubessem ali, sério. Como isso estava fora de cogitação por parte do
Rafael, então escolhi levar somente uma, uma gatinha que estava quietinha, ela não
era de pelagem preta como o gatinho que sempre quis, mas era muito carinhosa,
vinha para o colo e esfregava a cabeça na sua mão para pedir carinho, como
resistir um amorzinho desse?
A voluntária que estava lá nos avisou que haviam apelidado
ela de Pandora porque ela era muito imprevisível, uma hora pedia carinho e na
outra estava batendo nos outros gatinhos, como esse nome já havia uma história
com ela, resolvi deixar assim e levar para casa essa que mais para frente
revelou ser realmente caixinha de surpresa.
Minha Pandora
Agora a adaptação ficou no nível hard, tenho que aprender a
cuidar da casa, organizar e cuidar de uma gatinha filhote em um espaço pequeno.
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